sábado, 23 de abril de 2011

Moradia (Villae e Domus )

Na Roma antiga, as villae (singular: villa) eram originalmente as moradias rurais cujas edificações formavam o centro de uma propriedade agrícola. Portanto, era uma propriedade ou residência de campo de um patrício, ou de um plebeu de grandes posses, ou de uma família campestre romana, onde normalmente se centravam as explorações agrárias de maior vulto, embora haja casos de algumas dessas propriedades que não tinham exploração agrícola associada.
A villa de um patrício era mais luxuosa e sofisticada que a de um plebeu de grandes posses, assim como a deste era melhor que a de uma família campestre.


Domus
A residência senhorial ou domus tinha quase sempre todos os confortos que a civilização romana denominava aos senhores com posses, como termas, jardins ou cavalariças. Algumas dessas propriedades, as pertencentes aos patrícios, tinham tal grandiosidade que incluíam um teatro e um forte para uma pequena guarnição. Eram geralmente circundadas por jardins e depois por uma área agrícola, embora haja casos de propriedades rurais sem exploração agrícola associada.
Estas propriedades agrícolas que poderiam consistir pequenas fazendas dependentes do trabalho familiar ou em grandes propriedades, essas últimas pertencentes aos patrícios, com trabalhadores escravos, ou servos, detinham as estruturas rurais que seriam necessárias para as manter, tais como um celeiro, moinho ou lagar.
As divisões da vila romana
As vilas eram constituídas por três partes:
§  Na pars urbana viviam o proprietário e a sua família. Era em tudo semelhante à habitação urbana dos cidadãos abastados. As paredes eram pintadas com motivos decorativos, por vezes de uma grande beleza e complexidade. Muitas vilas possuíam água corrente, graças a um sistema de canalizações que só muitos séculos depois voltaria a ser usado no Ocidente. Por vezes eram dotadas de um hipocausto, um sistema de aquecimento central em que o ar era aquecido sob o pavimento.
§  Na pars rustica viviam e trabalhavam os servos e escravos. Esta parte da habitação incluía ainda despensas e alojamentos para os animais domésticos.
§  Por fim, na pars frumentaria situavam-se as instalações de uso comum como os celeiros e armazéns com produtos agrícolas da vila, como por exemplo azeite, vinho, cereais ou uvas, que seriam transportados e vendidos por vezes nas mais distantes paragens do império.
Outras divisões incluíam o escritório, o templo doméstico, quartos de dormir e a sala de jantar.
Quartos aquecidos por hipocaustoseram um luxo presente em algumas vilas urbanas
A partir do século II a.C., as vilas, cada vez mais sofisticadas e elegantes, construídas frequentemente em torno de um pátio e localizadas de forma a tirar o máximo partido da paisagem, começaram a ser edificadas como casas de campo para os ricos, sendo cultivadas por arrendatários ou sob supervisão de um administrador (vilicus).
As moradias do estilo das vilas espalharam-se pelas províncias, e são conhecidas cerca de 60 vilas na Bretanha. Em tempos pós-romanos, a casa senhorial e a propriedade rural (e seus equivalentes em outros lugares na Europa Ocidental) substituíram a vila e suas propriedades.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Arte Etrusca

          Arte que se refere à antiga civilização da Etrúria, localizada na Itália, com apogeu entre os séculos VII e II AC.
        Esta arte desenvolveu-se a partir do século VII AC e desapareceu no século III AC devido à integração do povo etrusco com Roma.
        Os etruscos dominaram Roma e influenciaram toda a produção artística da época. A eles deve-se a criação de um exército e a primeira muralha de Roma.
A arte etrusca foi influenciada pelo Egito, Fenícia, Grécia Antiga e outras regiões orientais e, por conseguinte, acabou por influenciar a Arte Romana.
        Os vestígios ainda existentes dessa arte dão apenas uma idéia parcial do que ela significou. A maior parte vem de escavações em necrópoles que trazem peças e construções de caráter religioso.
        Os etruscos eram artesãos com muita habilidade e executavam objetos com grande qualidade utilizando materiais como terracota, barro, bronze, pedra e outros metais. As principais expressões da arte etrusca eram:
        - Arte Funerária: Urnas de barro onde se colocavam restos mortais com elementos para representar a anatomia humana através de relevos eram bastante comuns. Além disso, temos câmaras funerárias que retratam o interior de uma habitação, com teto de abóboda e revestidas de pinturas que representam cenas mitológicas, cenas do cotidiano e rituais funerários. São representações que possuem muito realismo e expressividade.
        - Arquitetura e urbanismo: Neste tipo de expressão, os templos com a utilização de um arco de volta perfeita e casas de habitação eram comuns. Infelizmente foram feitos de materiais frágeis, como tijolos e madeiras, o que dificulta estudos e observações mais concretos na atualidade.Construíram também palácios, pontes, esgotos, aquedutos, muralhas e edifícios públicos.
        Uma das obras mais importantes deste período foi a Cloaca Maxima, um túnel grande utilizado para o escoamento das águas sujas onde os etruscos utilizaram também a abóboda e o arco de volta perfeita, que mais tarde foram utilizados pelos romanos.





Por  Bruno Angelelli

domingo, 17 de abril de 2011

Basilica de Julia

A Basílica Júlia (em latim: Basilica Julia; em italiano: Basilica Giulia) é um edifício público que se localizava no Fórum Romano, na cidade de Roma. Era uma estrutura grande e ornamentada, utilizada para reuniões e outros assuntos oficiais durante o período inicial do Império Romano. Suas ruínas foram escavadas, e o que resta nos dias de hoje do período clássico são principalmente os alicerces do edifício, alguns de seus pisos e uma pequena parede traseira com alguns arcos que fizeram parte tanto do edifício original quanto de suas reconstruções posteriores, além de uma única coluna, que data da primeira fase de sua construção.
O edifício foi dedicado inicialmente por Júlio César, em 46 a.C., com os custos pagos pelos espólios da Guerra Gálica; sua construção foi terminada por Augusto, que deu o nome do edifício em homenagem a César, seu pai adotivo. Incendiada pouco depois, não sendo reconstruída durante vinte anos; seria reconstruída apenas por Diocleciano após o incêndio de Roma em 283.

Hospedava os tribunais civis e algumas lojas (tabernae), e providenciava espaço para a administração do governo e tesourarias. No primeiro século foi também utilizada para sessões do Centumviri (Tribunal dos Cem), que presidia sobre os assuntos de hereditariedade. Nas suas Epístolas, Plínio o Novo descreve a cena em que uma mulher cujo pai de cerca de 80 anos a deserdava alguns dias antes de se casar com outra mulher.


Por : Rubens Scoparo Filho

- Arco do Tito



      O Arco do Tito é um arco triunfal, erigido em comemoração à conquista de Jerusalém pelo imperador Tito Flávio.
    Totalmente construído em mármore, no ano 81d.C.. Mede 15,4m de altura, 13,5m de largura e 4,75m de profundidade. Situa-se na zona oriental do Fórum Romano, a sul do Templo de Vénus e Roma. É um dos monumentos mais representativos da Roma Imperial. 
    No interior do arco está reproduzida a apoteose de Tito.(fig.1) Talhado de um dos lados, soldados romanos a segurar lanças sem pontas, coroados de louros e transportando os seguintes símbolos do Judaísmo: a “Mesa do Pão Ázimo”, as trombetas de prata de Menorá, o candelabro de sete braços.(fig.2) Do outro lado, o relevo mostra Tito vitorioso, de pé, numa carruagem puxada por quatro cavalos e conduzida por uma mulher que representa Roma.(fig.3)
    Uma epígrafe colocada no lado virado para o coliseu informa que este arco foi dedicado ao imperador.(fig.4) Nele consta a seguinte inscrição:
SENATVS
POPVLVSQVE·ROMANVS
DIVO·TITO·DIVI·VESPASIANI·F
VESPASIANO·AVGVSTO

    Isto é:
 "Do Senado e do povo romano para o divino Tito, filho do divino Vespasiano, 
Vespasiano Augusto".


(fig.1)

(fig.2)

(fig.3)

 (fig.4)






Por: Ana Paula Pellozo

Panteão de Agripa



     O Panteão, situado em Roma, Itália, também conhecido como Panteão de Agripa, é o único edifício construído na época greco-romana que, actualmente, se encontra em perfeito estado de conservação. Desde que foi construído que se manteve em uso: primeiro como templo dedicado a todos os deuses do panteão romano (daí o seu nome) e, desde o século VII, como templo cristão. É famoso pela sua cúpula.
  
     O Panteão original foi construído em 27 a.C., durante a República Romana, durante o terceiro consulado de Marco Vipsânio Agripa. Efectivamente, o seu nome está inscrito sobre o pórtico do edifício. Lê-se aí: M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT, o que significa: "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul".

     De fato, o Panteão de Agripa foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125, durante o reinado do imperador Adriano, como se pode comprovar pelas datas impressas nos tijolos que fazem parte da sua estrutura. A inscrição original, referindo-se à sua fundação por Agripa foi, então, inserida na fachada da nova construção de acordo com uma prática habitual nos projectos de reconstrução devidos a Adriano, por toda a Roma.

     O edifício, circular, tem um pórtico (também denominado pelo termo grego "pronaos") com três filas de colunas (8 colunas na fila frontal, 16 ao todo), sob um frontão. O interior é abobadado, sob uma cúpula que apresenta alvéolos (em forma de caixotões) no interior, em direcção a um óculo que se abre para o zénite. Estes alvéolos, além de serem utilizados estéticamente, também foram pensados para diminuir a quantidade de concreto a ser utilizado na estrutura, tornando-a mais leve. Da base da rotunda até ao óculo vão 43 metros - a mesma medida do raio do círculo da base - o que significa que o espaço da cúpula se inscreve no interior de um cubo imaginário.

     No seu estatuto de exemplar mais bem conservado da arquitectura monumental romana, o Panteão influenciou muito várias gerações de arquitectos europeus, americanos e não só, do Renascimento até ao século XIX. Podemos referir, por exemplo, Andrea Palladio. Muitos auditórios de cidades, universidades e bibliotecas copiam o seu estilo formado pela junção do pórtico à rotunda. A "Rotunda" Thomas Jefferson, na Universidade da Virgínia; a Law Library da Universidade de Columbia ou a Biblioteca Estadual de Victoria, em Melbourne, Austrália, são exemplos que não esgotam a versatilidade do modelo.

Veja aqui o Panteão de Agripa... :D
                                                                                                        

                                                                                                               by Filipe Rodrigues da Silva.

sábado, 16 de abril de 2011

ARQUITETURA ROMANA - CIRCUS MAXIMUS

O Circus Maximus (ou Circo Máximo) foi o primeiro e o mais antigo estádio romano de corridas de bigas, dedicado ao entretenimento da massa. Construído entre as colinas, Palantino e Aventino (as mesmas colinas onde os irmãos Rômulo e Remo, tiveram o impasse sobre a fundação confira . O Circo, poderia acomodar mais de um 1/4 da população romana daquela época aproximadamente 250.000 pessoas eram acomodadas em suas arquibancadas de pedra.
Estima-se que tenha sido construído durante o período dos antigos reis etruscos de Roma, sobre o domínio de Tarquínio Prisco, o sexto rei de Roma Influenciado diretamente pela cultura grega.
Em 329 a.c. foi construído o primeiro portão permanente de inicio.
Júlio César, afim de atender a crescente população em 50 a.c. aumentou
o circo em aproximadamente 600 metros de cumprimento e 220 de envergadura.
Mais tarde o imperador Trajano, iria adicionar outros cinco mil lugares e expandir a zona imperial, afim de obter maior visibilidade durante os jogos.
Sua capacidade final, após ampliada chegava a 385.000.











Por:Kamilla Romano Portolese

sexta-feira, 15 de abril de 2011

- Coluna de Trajano



A Coluna de Trajano pertence á tipologia da arquitectura comemorativa romana e pensa-se que tenha sido inspirada nos obeliscos egípcios. É um monumento urbanístico, simultaneamente arquitectura e escultura, que teve a função de assinalar um momento histórico, conferindo-lhe um carácter documental e honorífico.
Foi construída em 112-114, em Roma, no Fórum de Trajano, sobre o túmulo desse imperador, para comemorar a vitória dos Romanos contra os Dácios.


A sua construção foi concebida e dirigida pelo arquitecto Apolodoro de Damasco e demonstra o espírito histórico e triunfalista dos Romanos que, de um modo original, glorificaram o seu imperador.
A coluna possui cerca de 37 metros. O seu fuste é oco - no interior existe uma escada em espiral, feita em mármore branco, que ascende até ao topo - e assenta sobre um tambor ou pedestal, de forma cúbica, também oco e decorado com relevos de troféus militares. Este tinha uma porta em bronze, no cima da qual existia uma inscrição dedicatória. Fazendo a transição entre o plinto e a coluna, existe um toro coberto de coroas de louro.
É decorada com um relevo historiado que se desenrola á volta da coluna e que conta os inúmeros acontecimentos das duas campanhas de Dácia, encobrindo ainda as 43 janelas que iluminam a escadaria interior. No topo da coluna existe um capitel dórico monumental, que era encimado por uma águia de bronze, símbolo do Império. Mais tarde foi substituída por uma estátua em bronze de Trajano e actualmente possui uma estátua de S. Pedro, colocada em 1588.
O que sobressai de toda a representação é a magnanimidade do imperador, que acolhe os vencidos com generosidade. O imperador é mostrado como o grande protagonista que dirige e orienta os trabalhos, intervém nas batalhas e acode nas situações complicadas.



As cenas são realistas e tratadas de modo natural, sucedendo-se umas às outras, sem separações ou linhas divisórias. Esta narrativa apresenta um verdadeiro “horror ao vazio”, devido à sua densidade e grande número de personagens.
O escultor trabalhou habilmente este relevo em friso com uma pequena profundidade no talhe, para que os efeitos de luz e sombra não prejudicassem a leitura das cenas quando vistas de baixo.
O relevo desta coluna é considerado uma das obras mais ambiciosas do mundo antigo, sendo muito maior e mais perfeccionista que o friso das Panateneias do Templo do Pártenon.


Por: Roberta  .